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Sobre as sete colinas e os bairros de Lisboa

Os bairros de Lisboa e suas particularidades: o mais antigo, o mais cool, o mais cobiçado, o mais hipster…

Dizem que os melhores bairros de Lisboa para se morar são o Rossio, Bairro Alto, Príncipe Real, Alfama e Castelo, Cais do Sodré, Parque das Nações, Chiado (que está sendo remodelado e muito cobiçado), Belém e Restelo, Lapa e o moderno Parque das Nações. Mas há outros, não tão estrelados, mas igualmente cheios de charme e graça. 

Impossível falar de todos em detalhes, e a principal dica é que você se deixe perder sem relógio pelas ruas, vielas, becos, escadarias, vasculhando as lojinhas de produtos típicos, o que é que Lisboa tem (e não é que lá não tenha Prada, Gucci, Dior e cia), ou se deliciando numa tasca “a tomar uma bica” ou comendo um pastel de nata. 

A Alfama é o bairro de Lisboa mais antigo e um dos mais típicos da cidade, com suas ruas muito íngremes, suas lojinhas típicas e seus cafés. 

Por se espalhar aos pés do Castelo de São Jorge, é de suas muralhas que se tem a mais bela visão desse bairro com jeito de aldeia antiga, e que se divide entre as freguesias de Santa Maria Maior, o Chiado, e São Vicente.

Imagem mostra prédios e igreja tradicionais no bairro Alfama, na pequena Lisboa
Vista de Alfama, o bairro mais antigo de Lisboa

Como um grande senhor, o Castelo de São Jorge fica em um dos pontos mais altos de Lisboa, de onde se vê boa parte da cidade, do mar e do rio. 

É um ponto turístico imperdível, que foi construído para proteger a cidade dos romanos. O castelo foi palco de recepção a Vasco da Gama após sua viagem de descoberta do caminho para as Índias. 

Como quase toda Lisboa, o castelo foi uma das vítimas do terremoto de 1755. Foi somente no começo do século 20 que ele começou a ser restaurado e, em 1990, foi novamente reaberto ao turismo. 

Aos pés do Arco de São Jorge, um pequeno bairro com barracas que vendem frutas e lembrancinhas. Dica: a melhor vista é de uma das torres do Castelo, que fica a mais de 100 metros de altura. Ali, nos tempos da família real, eram guardados os tesouros da Corte.

Imagem noturna do Castelo de São Jorge iluminado por luzes
Castelo de São Jorge: dominando a cidade.

Rossio: é aqui que fica a Praça do Rossio, uma das mais belas da cidade, que tem em seu centro o monumento de D. Pedro IV (Pedro I no Brasil), além do imponente Teatro Nacional D. Maria I e dois dos cafés mais famosos de Lisboa: o Nicola e o Beira Gare. Dica: preste atenção ao chão da praça que remete as calçadas de Copacabana.

Imagem mostra praça ao céu aberto, com monumento e fonte de água, em Lisboa
Praça do Rossio
Créditos: Dicas de Lisboa.com.br/google/ “nenhuma violação de direito pretendida”

Príncipe Real é um dos bairros de Lisboa mais bacanas, recheado de antiquários, parques, jardins e restaurantes estrelados. 

Como em outras freguesias, o simpático Príncipe Real e seus edifícios antigos e amplos, acabou sendo objeto do desejo de empresas e de moradores em busca de espaço e tranquilidade.

As fachadas, tombadas pelo Patrimônio Histórico, mantém as características originais, e os interiores são verdadeiros espetáculos de modernidade.

Imagem externa prédios clássicos no bairro Príncipe Real. em Lisboa, com banco na frente
Príncipe Real: um bairro a ser descoberto
Créditos: viagemparalisboa.com/google/ “nenhuma violaçnao de direito pretendida”

Cais do Sodré fica às margens do rio Tejo, e se liga ao Bairro Alto pelo Elevador da Bica. É hoje considerado o bairro de quem curte badalar a noite, pela quantidade e qualidade de seus bares e baladas. É nesse cais que fica o Mercado da Ribeira, que merece a visita, assim como a divertida rua cor de rosa.

Imagem da esquerda mostra Cais de Sondré ao entardecer. Imagem da direita mostra rua com chão cor de rosa, em Lisboa
Cais do Sodré, balada é aqui que rola. Rua Cor de Rosa, a mais famosa da noite
Créditos: Turismo.eurodicas.com.br/google/ “nenhuma violação de direito pretendida”
Créditos: Descubralisboa.com/google/”nenhuma violação de direito pretendida”

A Baixa Pombalina foi construída a mando do Marquês de Pombal, logo após o grande terremoto de 1755. Foi o primeiro bairro português a seguir um plano urbanístico e antissísmico, com ruas retas e perpendiculares tendo como eixo principal a rua Augusta. 

Os edifícios seguem uma estética uniforme, tendo no térreo o comércio, nos primeiros andares os apartamentos menores e nos mais altos os maiores e mais luxuosos.

A Lapa é um bairro encantador, com vistas impressionantes, ruas tranquilas e arborizadas e onde ficam as mais importantes embaixadas do mundo (Irlanda, ÁustriaBulgáriaCanadáChinaFinlândiaIndonésiaLuxemburgoOrdem Soberana e Militar de MaltaPaíses BaixosReino UnidoRoméniaSuécia e Suíça).

Possui grandes casas, palácios e alguns imóveis tradicionais, onde vive a alta sociedade de Lisboa, o que faz com que o bairro seja seguro e tranquilo e um excelente lugar para se morar (na carona desses predicados, a vizinha Santos está emergindo com um dos bairros mais hipsters). 

Dica: São raros os apartamentos reformados na Lapa, o que abre um leque de possibilidades para interessados.

Imagem aberta mostra casas e prédios típicos no bairro da Lapa, em Lisboa
Lapa: daqui avista-se o Tejo de direito
Créditos: poramoralisboa.com/google/ “nenhuma violação de direito pretendida”

Mesmo sendo um bairro basicamente residencial, é na Lapa que fica o Palácio de São Bento, sede do Parlamento de Portugal, que abre suas portas no último sábado do mês para a visitação com hora marcada. 

Um passeio pelo Jardim da Estrela faz bem para a alma, com direito a conhecer a Basílica da Estrela, uma das mais belas da cidade e seu miradouro com vista para Lisboa. 

Dizem que o melhor bife de Lisboa, acompanhado de papas fritas, fica no Café de São Bento, vale a pena conferir. Tomar um chá no Olissippo Lapa Palace, uma construção do século 19, pode ser uma boa pedida.

Tanto o Chiado quanto a Baixa Pombalina e o Bairro Alto estão exatamente sobre a área que foi mais destruída pelo terremoto de 1755, ou seja, na área mais central de Lisboa. 

O bairro é o mais cobiçado de Lisboa no momento, não apenas pelas lojas descoladas (muitas reunidas no Armazém do Chiado), como pelas livrarias (é aqui que fica a Bertrand), cafés, restaurantes e bares badalados.

Também encontra-se pastelarias (como a Manteigaria, que serve um pastel de nata que não deixa nada a desejar aos famosos pastéis de Belém, confira!), ateliês e galerias de arte e design.

Mas também por ser um dos bairros mais agradáveis para ser descoberto caminhando (é aqui que está o café A Brasileira, com a estátua de Fernando Pessoa à frente) e pelas moradias bastante sofisticadas.

Imagem na direita mostra fachada do café A Brasileira. Imagem a esquerda mostra bondinho na rua de Lisboa
Café A Brasileira: Fernando Pessoa está sentado um pouco à frente. O Chiado visto da Cidade Alta
Créditos: pt.wikipedia.org?google/ “nenhuma violação de direito pretendida”

O Chiado sempre foi um bairro descolado de Lisboa, tanto por suas construções datadas da época da reconstrução, quanto pelo charme de suas ruelas estreitas, onde era comum esbarrar com artistas, intelectuais e escritores. 

Lá pelos anos 1980, o Chiado perdeu o glamour e começou uma fase decadente. Há quem diga que por conta da concorrência feita pelo shopping Amoreiras. 

Em 1988, um incêndio monstruoso destruiu 18 edifícios históricos, que foram totalmente reconstruídos e o bairro voltou a atrair a atenção de lisboetas e estrangeiros em busca de um lugar cool para morar.

É no Chiado que fica:

  • o Convento do Carmo, hoje um museu com tesouros arqueológicos; 
  • a Vida Portuguesa, uma loja de produtos genuínos e algumas marcas que mantém a mesma embalagem de 100 anos atrás; 
  • o Teatro São Carlos, de 1793, palco de óperas imperdíveis; 
  • o Museu Nacional de Arte Contemporânea, instalado em um antigo convento; 
  • o Ascensor da Bica, que sobe as colinas mais íngremes da cidade; 
  • o Miradouro de Santa Catarina, com uma sensacional vista dos telhados da Lapa e da Madragoa e alcançado a ponte 25 de Abril e o Cristo Rei
  • a Igreja de São Roque que esconde um interior exuberante;
  • uma variedade de restaurantes estrelados de renomados chefs portugueses.

O mais famoso deles José Avillez, com várias casas espalhadas pelo bairro, sendo o mais famoso o Belcanto, com duas estrelas no Guia Michelin e elencado entre os 50 melhores do mundo. 

Para fazer frente ao mestre da culinária portuguesa, Henrique Sá Pessoa tem seu Alma, Vincent Farges o Epur, Ljubomir Stanisic, com o Bistro 100 Maneiras, e Tiago Santos, o Quorum. Ou seja: opções de boa mesa é que não faltam.

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