Litoral Norte, lugar com uma sequência de praias uma mais linda que a outra, pequenas, médias ou grandes, badaladas ou sossegadas, areia fofa ou batida. E um mar… ah! o mar…
Ok. A maioria das pessoas considera o Litoral Norte, aquela sequência de praias que estão além do Guarujá, atravessando a balsa que leva para a Bertioga; ou pela estrada que contorna a cidade que tem algumas das mais belas praias do litoral paulista.
A própria Pitangueiras era point de bacanas e endinheirados a partir do final do século 19, quando a Companhia Prado Chaves decidiu erguer ali um balneário de alto luxo, com direito ao La Plage Hotel (depois Grand Hotel) e cassino – onde muitas senhoras da alta sociedade perderam jóias e diamantes nas mesas de bacará.
Atravessar a balsa, e passar o dia em uma daquelas belas praias quase desertas, era uma aventura que dependia da boa vontade da maré, muita gente atolava o automóvel e logo vinham os caiçaras para ajudar a tirar o carro e ganhar um troco.
As boas ondas atraem surfistas que se arriscaram com as pranchas presas na capota dos fuscas, e logo que a Rio-Santos foi aberta o acesso ficou mais fácil, terrenos foram vendidos, maravilhosas casas pé na areia e condomínios foram construídos nas praias mais bacanas e o Litoral Norte passou a ser super concorrido.
Mas voltando um pouco na estrada, de volta ao Guarujá, porque o Litoral Norte da HIGH começa um pouco adiante da praia ícone, foram descobertas pérolas de areias brancas e águas calmas, pequenas baías escondidas que antes só se alcançavam a pé.
Além de paraísos ainda quase virgens onde foram construídos condomínios inacreditáveis de tão maravilhosos (e melhor, preservando a natureza).
E também nomes como Tijucopava e Taguaíba, além de São Pedro, Iporanga e Praia das Conchas passaram a fazer parte do vocabulário de quem anda pelas praias do Guarujá.
Curiosidade do alem: Estudo feitos pelo Grupo Ufológico de Guarujá (GUG) e a Rede Brasileira de Pesquisas Ufológica (BURN) tem relatos de histórias fantásticas que envolvem o aparecimento de luzes coloridas no céu, objetos voadores estranhos, e até seres feitos de luz… Para quem gosta do tema, só indo até lá para saber (ou ver)…
A Exclusivíssima Iporanga
Iporanga, com seus 800 metros de areias finas é cercada de Mata Atlântica, tem mar de águas claras com piscinas naturais.
A praia fica dentro do Condomínio Iporanga, propriedade de casas sofisticadas, a 20 km do Guarujá. O condomínio preserva o meio ambiente com um trabalho de reflorestamento, tratamento de esgoto sustentável e um jardim com diversas espécies de borboletas e um orquidário.
Iporanga também tem uma cachoeira incrível, que fica bem perto do mar. Um cenário perfeito e um banho de água doce maravilhoso para toda família.
As praias secretas do Guarujá
Se o Batman gosta de praias, não sabemos! Nunca o vimos sem aquele calção, o collant e a capa, mas tem muita gente que AMA uma praia. E se for escondida, deserta, sem ninguém, então…
E curiosamente a Ilha de Santo Amaro, onde fica Guarujá, esconde quatro preciosidades (seriam cinco, mas… Tijucopava já foi descoberta): Prainha Branca, Praia Preta, Praia do Éden e Praia do Sangava.
A Prainha Branca é bem tranquila e tem boa infraestrutura, com pequenas pousadas, e um gostoso prato feito na pequena vila do lugar. Para chegar demora uns 30 minutos de caminhada.
A Praia Preta não é a mesma que fica antes de São Sebastião. Pouca gente conhece, tem acesso meio secreto, uns 200 metros de extensão e ondas perfeitas para surfar. A trilha, de 30 minutos, começa no final da Prainha Branca.
A Praia do Éden fica entre as praias da Enseada e Pernambuco, dentro do Condomínio de Sorocotuba, com uma pequena faixa de areia. Como a praia é de tombo e águas esverdeadas, é preciso cuidado, principalmente com crianças. Mas vale a pena!
A Praia do Sangava, que significa “alagado”, fica escondida entre pedras e árvores. O acesso é difícil e a trilha, de 1h30, sai do Bairro Santa Cruz dos Navegantes, no Guarujá. Depois de subidas e descidas, encontra-se uma praia praticamente deserta, com 90 metros de extensão de águas claras e calmas.
Depois de descobrir as praias mais secretas do Guarujá e já que estamos vindo de lá, o jeito é atravessar a balsa para chegar a Bertioga, e de lá seguir rumo ao paraíso.
Está sem pressa? Pare no Dalmo, uma casa simples, de frente para o canal, que há décadas está na estrada Guarujá-Bertioga, onde o dono servia (ele faleceu em 2019) mariscos, camarões no alho, peixes grelhados e bananas fritas com canela. Tudo muito simples e delicioso.
O sucesso levou o sr. Dalmo a abrir mais três casas (na Rio-Santos, no Guarujá e em São Paulo), mas o primeiro…
Atravessar para a Bertioga é uma aventura, principalmente para a molecada. O ferry-boat que leva carros, pedestre e bicicletas, vem-e-vai pelo canal a cada meia hora e funciona o dia inteiro. Uma dica é ir pela balsa e voltar pela estrada, ou vice-versa.
Dependendo de onde você estiver hospedado, o contorno da estrada pode aumentar bastante a viagem.
Praias do Litoral Norte: quais são as mais bacanas?
Praias do Litoral Norte, uma sequência de praias pequenas, médias e grandes é o que te espera pela frente. Uma mais linda do que a outra.
Barra do Una, Toque-Toque, Juquehy, Barra do Sahy, Baleia, Camburi, Camburizinho e Maresias.
Cada uma delas com um perfil diferente como, são as top 8. Mas você pode se apaixonar pela Praia do Engenho, que é uma belezinha, mas basicamente é a praia dos condomínios.
Antes de começar a desvendar o paraíso saiba que: Bertioga é um município pequeno, que é o mais perto do “tem tudo” que você precisa, além de cultura, com a visita ao Forte de São João que vale a pena.
E a Riviera de São Lourenço, um bairro aberto e 100% planejado, junto à Praia de São Lourenço, é sua última chance de encontrar literalmente tudo: shopping center, centro comercial e de serviços, hipermercado e restaurantes.
Além disso, neste lugar fabuloso também se encontram escolas, atendimento médico e odontológico, flats e hotéis, postos de abastecimento e serviços, clube hípico, complexo tenístico, clube de golfe, além de toda a infra estrutura de saneamento básico, com sistemas de captação, tratamento e distribuição de água e coleta e tratamento de esgotos.
A Barra do Una tem águas cristalinas, ondas que variam de tamanho e intensidade de uma ponta a outra da praia, e é perfeita para navegação.
O rio Una, que deságua à esquerda, tem a barra rasa e estreita, mas permite a saída para o mar de pequenas embarcações, uma boa marina e um Iate Clube com infraestrutura perfeita, ideal para quem tem barco.
Na praia é possível alugar barcos e os passeios mais comuns são navegar até o Montão de Trigo, a Ilha do Gato, Alcatrazes, Ilha das Couves, boa para snorkel, e As Ilhas, paradisíacas, próprias para mergulho. Quem quiser praticar stand-up, canoagem ou se aventurar na canoa australiana, o rio Una é o lugar.
Mas o Una não é só esporte. E a gastronomia é bem boa, embora o programa de quem frequenta o Litoral Norte seja sair para descobrir os restaurantes mais gostosos de cada praia.
O Restaurante Giselle é um deles, com mesas com vista para o rio, um bar e restaurante que servem sucos, drinques e beliscos como casquinhas de siri. Já para almoçar ou jantar, a pedida é o badejo ao molho branco, com pedaços de abacaxi gratinado.
A novidade do momento – são poucas por conta da quarentena – foi a abertura do Japengo Beach, um dos japoneses mais festejados de São Paulo, que desembarcou deliciosos sushis, sashimis, hot rolls, uramakis e outras gostosuras mais em plena Barra do Una.
Siga em frente: tem muita praia bacana para conhecer
Cada amanhecer e cada anoitecer nas praias do Litoral Norte tem cores e luzes que parecem pintadas pelos deuses.
A praia de Juquehy é mais animada, badalada, com uma avenida principal cercada por casas bacanas, um centrinho com shopping e lojinhas com biquínis, maiôs, cangas, chapéus onde você encontra coisas bem diferentes, e dois ótimos restaurantes, um vizinho do outro, cada um com sua culinária típica e divina.
Um dos preferidos é o Badauê (que tem filial em Maresias e São Paulo), com uma culinária que mistura a japonesa e as robatas, com pratos com sotaque brasileiro.
Um sucesso é a grelha de onde sai o peixe grelhado na folha de bananeira mais famoso do pedaço. Os peixes são tão frescos que parecem ter pulado do mar para dentro do seu prato.
Por ser um restaurante pé na areia, eles montam uma tenda com mesa na praia para você curtir a brisa do mar, e no final da tarde, beliscando alguns petiscos e tomando uma caipirinha.
Na rua de trás, eles abriram o Badaburguer, deliciosos hambúrgueres acompanhados de batatas chips com páprica, milkshake, crepes e sorvetes – para aquela fominha noturna.
A culinária do Chapéu de Sol, o restaurante vizinho e também pé na areia, tem sotaque e temperos brasileiros. Os pratos são de alta gastronomia. A vista de perder o fôlego, mas o sucesso, mesmo, quem faz é a pizza, considerada a melhor de todo o Litoral Norte, assada num forno artesanal que dá um sabor todo especial. Quem frequenta diz que a carta de vinhos é de primeira.
Quase chegando no fim da praia, você encontra o delicioso Bistrô que tem uma culinária divina e abriu, a beira da praia, o Sunset espaço para salgados e bebidinhas (e também casamentos) com um pôr do sol que merece palmas pelo espetáculo.
Barra do Sahy e Baleia, as pérolas do Litoral Norte
Elas estão separadas por um morro. Uma é pequena, acolhedora e de areia fofa; a outra grande, areia batida, ideal para esportes. São lindas e se completam
A Barra do Sahy é uma joia – tem uma aura diferente, quase mágica. A praia não é grande, com formato de ferradura, areia macia, e amendoeiras à sua volta com generosas sombras.
O mar é calmo, a vegetação preservada, e de um lado tem um riozinho e uma capela e de outro piscinas formadas pelas pedras e a água do mar. Ela é cercada por um vilarejo charmoso de pescadores, onde ficam a maioria das pousadas, alguns restaurantes e um pequeno comércio.
A estrela da gastronomia do Sahy chama-se Tié, que fica em uma pousada bacana, sua culinária é brasileira bem temperada, a estrela do menu é o dourado, idem as sobremesas e o cafezinho. Precisa mais?
Com pouco mais de dois quilômetros de areia batida, mais plana que uma pista, a praia da Baleia é o point de que gosta de caminhar, pedalar, jogar futebol, vôlei, frescobol, correr…
Por ser extensa, o mar tem ondas para todos os gostos, desde iniciantes no surf à calma de remar no stand-up paddle ao cair da tarde. As casas que beiram a praia ficam em condomínios fechados e são espetaculares.
Super bem preservada e bem cuidada pela Associação de moradores, a Baleia não tem comércio, lojinha, e na areia um ou outro quiosque que aluga cadeiras e guarda-sol.
O grande destaque do pedaço, além do visual do fim da tarde, que pinta a praia de cor de rosa, é o restaurante Acqua, que fica no alto do morro entre a Baleia e o Camburi, com um visual inacreditável (peça mesa no terraço) e uma culinária à base de peixes e frutos do mar divina. É sempre bom reservar e não se atrasar.
Camburi, Camburizinho e Maresias: apaixone-se por elas
Para quem quer onda os endereços são Camburi e Maresias. Quem procura calma escolha Camburizinho.
Camburi e Camburizinho são vizinhas, separadas por um riozinho transparente e geladinho. O contraste é fantástico: a primeira é badalada, boa de surf, cheia de buchicho e balada boa. Camburizinho é sossegada, mar tranquilo, praia das boas para curtir o sol, um livro, um mergulho…
A praia do Camburi é uma das mais badaladas do Litoral Norte e o paraíso dos surfistas por conta de seu mar agitado e suas ondas.
É uma praia com excelentes restaurantes, pousadas gostosas e um passeio pela vizinha Camburizinho, cruzando um riozinho, é uma delícia ver o contraste entre as duas praias.
No quesito gastronomia, uma boa notícia: O famoso e concorrido restaurante Manacá, acaba de reabrir completamente reformado. Ficou um show! Nem adianta chegar sem reserva porque não entra.
E Maresias? A praia onde Gabriel Medina aprendeu a surfar e virou campeão ainda é o melhor lugar para quem quer surfar, e é bom. Principiantes é melhor procurar ondas menos difíceis.
A praia é lotada de casas e condomínios pé na areia, pousadinhas simpáticas, e restaurantes com comida de surfista: “PFs” fartos e honestos, burgers e açaí. É uma das praias escolhidas para campeonatos nacionais e internacionais e, pode ser, que você encontre uma das feras das ondas na areia.
A Bela Ilhabela
É preciso passar por mais uma série de praias e prainhas até chegar em São Sebastião, nada além de 25 quilômetros. E andar mais uma pouquinho para chegar até a balsa que atravessa para a linha Ilha que fica entre o canal e o mar aberto.
Não é a toa que ela se chama Ilhabela. Dividida por morros, serrinhas, maciços e densa floresta, a Ilhabela combina, do lado do canal que a separa do continente, de prainhas pequenas, mar manso, um píer para atracar barcos e buscar pescados frescos recém pescados, e casas que se escondem na mata ou se mostram perto da areia.
Do outro, mar aberto para o Atlântico, quase selvagem, com praias de ondas fortes e areias claras. Ilhabela é uma cidade de verdade, com infraestrutura, escolar, prefeitura, hotéis e pousadas, restaurantes e muita, muita coisa para fazer… mas essa é uma história que fica para uma outra vez, porque essa belezura merece…