Museus, galerias, feiras, exposições mostram o passado, o presente e o futuro do ponto de vista da arte de Lisboa.
Museus é o que não faltam em Lisboa, mesmo que a cidade em si seja um museu a céu aberto.
Os mais importantes e imperdíveis são o Mosteiro dos Jerónimos, uma joia da arquitetura manuelina (período posterior à pombalina) que começou a ser erguido em 1501, em cuja igreja estão as criptas de Vasco da Gama e Camões e onde eram rezadas as missas antes de os navegadores se aventurarem em alto-mar.
A Torre de Belém, parece boiar sobre as águas do Tejo às portas de Lisboa, foi erguida para defender e controlar as embarcações que chegavam à cidade, muitas delas carregadas com as riquezas provenientes do Novo Mundo.
No século 20, ela ganhou a companhia do Padrão dos Descobrimentos, escultura que simula a proa de uma caravela e seus bravos navegantes, heróis que deixavam a Europa em busca de novos caminhos para as Índias.
Um pouco mais além, a Ponte 25 de Abril que até então estava ligada à era das navegações, ganhou outro status com a chegada do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia), obra da arquiteta inglesa Amanda Levete, que ergueu ali uma construção futurista de metal, com escamas que remetem a dunas, e que viria a ser o cartão postal da Lisboa contemporânea.
Nosso arquiteto Paulo Mendes da Rocha, (re)embalou em linguagem atual o secular Museu dos Coches, com a sensacional coleção de carruagens da família real.
Completam a lista dos imperdíveis o Centro Cultural Belém, um complexo cultural que tem como estrela o Museu Coleção Berardo, com obras-primas de artistas como Pablo Picasso, Andy Warhol, Francis Bacon, Roy Lichtenstein e Anish Kapoor.
No Museu Nacional de Arte Antiga, como diz o nome, uma importante coleção nacional de pinturas antigas.
No Museu e Fundação Calouste Gulbenkian as obras apresentadas são dos mais variados períodos históricos, além da série de esculturas que se encontram nos jardins.
Arte portuguesa a partir do século 19 é o que se encontra no Museu do Chiado, arte moderna e contemporânea internacional.
Outro museu imperdível é do ceramista Rafael Bordalo Pinheiro e suas belas e valiosas criações. O museu existe até hoje, e a faiança ainda cria peças inspiradas no mestre, falecido em 1905.
Museu dos azulejos
Instalado e no antigo Convento da Madre de Deus, fundado em 1509, esse que é considerado um dos mais belos museus do mundo, convida a viajar pela história, desde o século XV até à atualidade pelos desenhos dos azulejos, uma das artes da península ibérica (que também se encontra na Espanha).
É comum ver palácios e monumentos com acabamento externo ou interiores todos azulejados. A história do museu remete às comemorações dos quinhentos anos do nascimento da Rainha D. Leonor, e ao desejo da Fundação Gulbenkian de ali fazer uma grande exposição.
Acabada a mostra, levantou-se a possibilidade de usar aquele espaço para um Museu Nacional do Azulejo, afinal uma arte portuguesa com certeza. Entre as preciosidades que se encontram no museu, que vão do século 16 aos dias de hoje, está um painel azul e branco que representa a Lisboa de antes do terremoto.
E mais:
- Museu do Design e da Moda;
- Museu de Artes Decorativas;
- Museu Nacional de Arqueologia;
- Museu Nacional do Traje;
- Museu do Oriente;
- Museu da Farmácia;
- Museu da Companhia Carris de Ferro de Lisboa;
- Casa-Museu de Fernando Pessoa;
- Fundação José Saramago.
Feiras e exposições
O Lisbon Arte apresenta, todos os anos, uma série de exposições de artistas portugueses ou não, nas galerias de arte de Lisboa.
Os futuros atores, atrizes e escritores apresentam várias peças anualmente na Mostra de Teatro Jovem.
A Feira do Livro de Lisboa, pretende levar, a partir de 27 de agosto, para as alamedas do Parque Eduardo VII, seu tradicional evento com os principais lançamentos da literatura portuguesa e internacional, além de encontros com autores.
Pode-se dizer que o Oceanário é o Museu do Mar
O Oceanário de Lisboa é mais do que uma visita ou curiosidade, é uma experiência. São mais de sete milhões de litros de águas salgadas, 30 aquários, e oito mil organismos entre quinhentas espécies de animais e plantas.
A grande estrela é o aquário central, com seus cinco milhões de litros de água salgada e o Oceano Global, com aves, animais invertebrados, peixes, anfíbios e mamíferos.
Construído para a Expo 98 pelo arquiteto americano Peter Chermayeff, com a intenção de atrair público e pesquisadores, o Oceanário lembra um porta-aviões ancorado em um cais cercado de água por todos os lados e espécimes de todos os mares do mundo. Um espetáculo.