Crédito da imagem: camposonline.com.br/google/“nenhuma violação de direitos autorais pretendida”
Há 50 anos Campos do Jordão recebe no mês de julho festivais de música, mas não é só: visitar o Palácio do Governo ou o Museu Felícia Lerner também fazem parte da vida cultural.
Foi o então secretário estadual da Fazenda, Luis Arrobas Martins que, inspirado pelo Festival de Música de Tanglewood, que acontece todo verão no Massachussets, nos Estados Unidos, idealizou o Festival de Inverno de Campos do Jordão.
O mês inteiro de julho é dedicado à música erudita, que acontece no Auditório Cláudio Santoro, com capacidade para mais de 850 pessoas. Mesmo tendo sido concebido para abrigar concertos, o auditório recebe também espetáculos de dança, teatro e shows variados, tanto que nos meses de Setembro acontece o Festival da Viola.
O famoso auditório, projetado pelo renomado escritório de arquitetura Croce, Aflalo e Gasperini, construído com pedras, concreto e vidro, divide seu espaço com o Museu Felícia Leiner, um museu a céu aberto que reúne 85 obras de bronze ou cimento e concreto pintados de branco da escultora polonesa Felícia Leirner.
Felícia se mudou para o Brasil na década de 1920, e trocou São Paulo por Campos do Jordão no começo dos anos 1960, onde viveu toda sua vida.
Felícia mereceu o prêmio “Melhor Escultor Brasileiro”, na Bienal de São Paulo de 1963, e tem obras em museus internacionais, como o Georges Pompidou, em Paris, ou o Hermitage, na Rússia, entre outros.
“O que faço: arrumo, desarrumo, corto, emendo, arranjo, furo papel, pano, tudo que estiver ao meu alcance arrumando, desarrumando, modificando. E daí, o que valeu? Valeu o que eu senti e modifiquei”, diz Felícia Leirner.
Talvez pouca gente saiba, mas em uma das casas típicas suíças, no bairro Jaguaribe, fica o Museu Casa da Xilografia, uma instituição privada, sem fins lucrativos, fundada por Antonio Fernando Costella, com a ideia de divulgar e preservar a história da xilografia brasileira.
Outro passeio imperdível é conhecer o Palácio Boa Vista, residência oficial do governador em Campos do Jordão. Construído na década de 1940, teve sua fachada alterada e hoje lembra um castelo europeu.
Três décadas mais tarde, o Palácio (que foi sede do primeiro Festival de Inverno) foi sendo decorado com obras de arte de grande valor, e formou um acervo de cerca de duas mil peças entre mobiliário, porcelanas, pratarias, quadros e arte sacra que datam dos séculos entre 17 e 20.