Crédito capa: Foto cedida graciosamente pela fotógrafa Vera Giorgi
O que levou a fotógrafa Vera Giorgi a escolher nossa terra-mãe para dividir sua vida entre Lisboa e SP?
“Luz boa… foi a primeira coisa que pensei chegando em Lis…boa! Sou fotógrafa e naquele segundo, soube que era lá que queria morar…
É um prazer acordar cedinho, máquina na mão, e ir dar um passeio no Monsanto, parque enorme (três vezes o Central Park, em NYC) no coração de Lisboa! Aquedutos, anfiteatro, miradouros, muito verde e pouquíssima gente…
Ou talvez andar de bike (ou a pé) ao longo do Rio Tejo, por seus oito quilômetros com enormes calçadões de pedra portuguesa, suas marinas, restaurantes (Ibo, Sud, Último Porto, Docas de Santo Amaro, Margem), os museus (MAAT, CCB, Coches, Cordoaria Nacional e suas ótimas exposições, o Arte Popular, o Museu do Oriente, o Mosteiro dos Jerónimos…).
Admirar os monumentos, como a Ponte 25 de abril, Descobrimento, a Torre de Belém, indo até a Fundação Champalimaud, e sua maravilhosa arquitetura e o divino restaurante Café Darwin.
Outro programa delicioso é conhecer a Fundação Gulbenkian, zanzar pelo lindo jardim, entrar em seus dois museus — um com a coleção eclética de objetos de arte e o outro de arte contemporânea. Se tiver sorte, pode ser que ainda assista a algum show no anfiteatro…
Outras boas pedidas são passear pelas ruinhas do Bairro Alto e do Príncipe Real… muitas lojinhas autorais de encadernação, bijoux, designers de joias, roupas, tudo de muito bom gosto.
Ir na Embaixada, no Lisbonlovers ou Real Concept Store, que são antigos palacetes com arquitetura de época, que viraram mix de lojinhas diferenciadas, restaurante e café.
Comida boa é o que não falta em Lisboa. Ótimos restaurantes como o Bel-canto, Alma, Cantinho do Avillez, 100 Maneiras, JncQuoi, tão bons quanto os de qualquer grande metrópole, mas bom mesmo é dar sorte e cair numa boa tasca (uma taberna ou botequim), que naquele dia recebeu peixe fresco e fazer uma excelente e anônima refeição!
Não perder:
- Teatro São Carlos;
- Fundação ou Casa-Museu Medeiros e Almeida;
- Estufa Fria (jardim em estufa no Parque Eduardo VII);
- Café Linha d’Agua (esplanada dentro do Jardim Amália Rodrigues, onde se provam “tostas e sumos” deliciosos);
- Igreja de São Roque;
- Casa dos Ovos Moles, na calçada da Estrela, doces conventuais maravilhosos, só indo lá pra ver;
- Casa dos Bicos (construída no início dos anos 1500, cuja curiosidade maior é a fachada revestida de pedra em forma de ponta de diamante, e que tem em seu primeiro piso a Fundação Saramago);
- Casa de Ginjinhas nas Portas de Santo Antão (construída no século 19 e que vende a bebida ginjinha, uma especie de licor fermentado, típico de Lisboa);
- Mercado da Ribeira com seus montes de restaurantes e mesas comunitárias e no andar de cima privé o delicioso Papa-Açorda.
Meu sonho se realizou, hoje moro entre Lisboa e SP… Amo!
São Paulo gigante, onde tenho todas as referências desde que nasci.
Lisboa, um lugar encantado, com tanta história que corre pelas veias, impossível de se conhecer totalmente, apesar de tão pequena… Sempre algo novo para ver, para experimentar, provar, vivenciar. Privilégio…”
Vera Giorgi é brasileira, artista plástica, fotógrafa e divide-se há cinco anos entre Lisboa e SP.
Facebook: Vera Amita Giorgi @Instagram: veramitagiorgi