Seria um contrassenso não contar um pouco da história de Paraty, uma de nossas mais importantes cidades históricas. Ou não?
Pra começo de conversa, você sabe o que significa Paraty? Na língua tupi é a junção das palavras parati (espécie de peixe) e ‘y (rio). Ou seja: rio dos peixes.
Os primeiros habitantes foram os índios Guaianás, que abriram a trilha que ligava o mar ao vale do Paraíba, depois foram os Tamoios e os Tupinambás, conforme relato de Hans Staden em seu “História verdadeira e descrição de um país de selvagens…“, escrito em 1557.
Os portugueses que aportaram por aqui ergueram seu primeiro povoamento às margens do rio Perequê-Açu, até que uma certa senhora, Maria Jácome de Melo doou uma sesmaria situada entre o Perequê-açu e o rio Patitiba para a instalação de um povoado.
A doação respeitou duas condições: que os indígenas não fossem molestados nem expulsos, e fosse erguida uma capela em homenagem a Nossa Senhora dos Remédios. É nessa sesmaria que fica o hoje Centro Histórico.
Considerada pelo jornal americano The New York Times como o destino cultural mais rico da Costa Verde, Paraty está rodeada de Parques e Reservas Ecológicas que formam o Parque Nacional da Serra da Bocaina, e abrigam uma enorme quantidade de cachoeiras, praias e baías, muitas delas de difícil acesso por terra.
Andar pelas trilhas que existem dentro da mata fechada pode levar dias, e é um programa de beleza ímpar para amantes da natureza, pela variedade da flora e fauna. Mas nunca vá desacompanhado, sempre faça as trilhas com um guia.
O roteiro mais tradicional entre os praticantes de caminhadas é a Travessia da Juatinga, costeando toda a Península da Juatinga, por trilhas de servidão que datam do tempo dos escravos e passando por diversas comunidades caiçaras, responsáveis pela hospedagem e um bom prato feito caseiro para os andarilhos.
As praias são muitas, talvez seja impossível conhecer todas elas. As mais famosas são as cinco praias da Vila de Trindade (parte do Parque) e as três praias (consideradas as mais lindas de Paraty) que compõe o Condomínio de Laranjeiras, o condomínio fechado e exclusivo mais sofisticado da região.
Um pouco antes da portaria do condomínio, ao pé de uma serrinha, fica o píer de onde saem barcos para a praia do Sono.