Impossível, em poucas linhas, contar a história de Portugal e Lisboa que, dizem, remonta ao período neolítico.
Portugal, esse pedaço de terra na parte mais ocidental da Europa, foi objeto de cobiça, guerras e invasões por milênios. Foi poderoso e subjugado, rico e pobre, soberano e aviltado. Fundada, acredita-se, por volta de 1.200 a.C., que Lisboa sempre foi o centro nevrálgico desse pequeno país.
Em 1755, a cidade foi quase que totalmente destruída por um terrível terremoto, e reconstruída segundo os planos traçados pelo Marquês de Pombal, (Sebastião José de Carvalho e Melo), o Ministro da Guerra e Negócios Estrangeiros, o que gerou um estilo arquitetônico conhecido como “Pombalino”.
Por conta das ruas muito íngremes e estreitas, o centro histórico de Lisboa é servido por elevadores, como o de Santa Justa, e funiculares como o carril da Bica, que facilitam o acesso entre as partes baixa e alta; a antiga e a nova.
Ao contrário do que vem acontecendo com o passar dos séculos, é Lisboa que vem “roubando” espaço do belo Tejo, o que permitiu a construção de imensas avenidas, do “caminho de ferro”, da construção do moderníssimo porto e da urbanização do Parque das Nações e o Centro Cultural Belém.
Dica: Lisbon Story Centre é um museu interativo que trata da história de Lisboa, fica na Praça do Comércio.
Bertrand, a livraria mais antiga de Portugal
Importante: reserve uma parte do dia para caminhar pela rua Garret, e visitar a Livraria Bertrand, a maior e mais importante livraria da história de Portugal, fundada em 1732 por Pedro Faure.
Seu primeiro endereço foi na rua Direita do Loreto, com o terremoto mudou-se, voltando 18 anos depois para a baixa pombalina.
A famosa esquina era ponto de encontro de políticos, jornalistas e intelectuais, e de lá saiam as notícias mais frescas, como a fuga de D. João para o Brasil.
Em 2010, a livraria ganhou o Guinness World Record como “os mais antigos livreiros em atividade”.
A livraria Bertrand ficou na família até a morte de seu último descendente, no final do século 19, e passou por várias mãos, sem perder, porém, a personalidade, a importância e o catálogo de edições, apenas abrindo filiais por Portugal.
Dizem que os verdadeiros pastéis de Belém (a conferir) só se encontram na Antiga Confeitaria de Belém — reza a lenda, que há muitos séculos, uma cozinheira, sentindo falta dos ingredientes suficientes para o doce que tinha em mente fazer, inventou esses pastéis que, por anos, foram vendidos somente no Mosteiros dos Jerónimos.