Lagoa, a Bela, no coração da Cidade Maravilhosa
Créditos: www.canva.com/photos/MAEI0CWtbSs “nenhuma violação de direitos pretendida”.
É unânime: sair do túnel Rebouças e desembocar na Lagoa Rodrigo de Freitas, no final da tarde, é de tirar o fôlego!
As cores do céu refletindo nas águas calmas, o sol que se põe atrás do morro Dois Irmãos — principalmente no outono, criando uma atmosfera mágica — pessoas praticando esporte nas águas ou no entorno dela. Não é à toa que ela é chamada de “Lagoa, a Bela, no coração da Cidade Maravilhosa”.
Seu entorno tem mais de sete quilômetros, chamados pelos cariocas de lado Jardim Botânico e lado Ipanema.
O primeiro segue em direção à Gávea; o segundo está a dois passos da badalada Ipanema. Um mais tradicional, de prédios baixinhos e simpáticos; o outro mais esplendoroso, com edifícios luxuosos, com terraços que se debruçam sobre a praia e o mar.
Como diria Rogê/Gabriel Moura, compositor e instrumentista, a Lagoa Rodrigo de Freitas é o “Espelho d’água que reflete o Redentor, Dois Irmãos, Pedra da Gávea”.
História da Lagoa Rodrigo de Freitas: o passado da região
Colonização, índios, plantios… a história de uma lagoa que encheu os olhos dos portugueses.
Copopenipem ou “lagoa das raízes chatas”, como os índios chamavam a hoje Lagoa Rodrigo de Freitas. Era uma região de terras boas para o plantio da cana de açúcar, mas demorou um tempo para que os portugueses expulsassem os franceses.
Até que o Engenho Del Rei foi instalado no lugar, em meados dos anos 1660, quando Rodrigo de Freitas Castro e Mello comprou as terras — posteriormente passou-as ao filho quando voltou para Portugal.
Mas o lugar seria lagoa mesmo, ou laguna? O certo seria laguna, por manter uma comunicação com o mar através de um canal, mas seguiu sendo chamada de lagoa, até os dias de hoje.
Em 1975, protestos de moradores e intelectuais conseguiram o tombamento da Lagoa Rodrigues de Freitas e sua orla, que em 1990 começou a receber um trabalho de despoluição e ganhou a árvore de Natal, que virou cartão postal da cidade.
Os Clubes da Lagoa Rodrigo de Freitas: beleza, lazer e esportes à vontade
Entre morros, florestas e as belas águas, nasceram os clubes da Lagoa Rodrigo de Freitas, que preenchem o lugar e o torna mais vivo e esportivo.
A Lagoa Rodrigo de Freitas é uma das regiões mais bonitas da Cidade Maravilhosa, cercada por bairros como a Gávea, o Jardim Botânico e a poucos passos de Ipanema e do Leblon.
Ao seu redor edifícios de alto nível, prédios baixinhos e charmosos, que remetem a outros tempos, clubes tradicionais como a Hípica, o Jockey, Caiçara, Flamengo, o Piraquê; restaurantes e bares bacanas, tradicionais e estrelados.
E também é um dos lugares mais especiais para quem gosta de praticar esportes: da corrida e das bikes na pista de mais de sete quilômetros que cerca a Lagoa, ao stand-up paddle, o remo (uma das paixões cariocas), aos voos de asa delta ou kite surf. Chegar à Lagoa no final da tarde, com o sol se pondo, e ver as pessoas se exercitando, é de emocionar!
Os clubes da Lagoa Rodrigo de Freitas
Conheça o Clube Caiçaras
Existe uma ilhota, com área de 33 mil metros quadrados, que foi doada pelo então presidente Getúlio Vargas, para ser a sede do Clube Caiçaras, em 1931. O lugar tem o morro Dois Irmãos, a Pedra da Gávea, e o Cristo como cenário.
O clube conta com sete quadras de tênis, ginásio com quadra polivalente para vôlei, basquete e futebol de salão, quadras externas de vôlei e futebol, campo de futebol de areia, parque aquático, natação, vela, bocha, judô, e até uma escola de vela.
O Clube de Regatas Piraquê é dos mais antigos
Fundado em 1906, o Clube de Regatas Piraquê é o único clube exclusivamente de remo da cidade, e também, é uma associação de utilidade pública da Marinha Brasileira, sem fins lucrativos, com três sedes: A Sede Social, dependência mais antiga do Clube, a Sede Náutica, em Niterói, e a Sede Esportiva na Ilha Piraquê, uma das ilhas da Lagoa e ocupando também parte da terra firme.
Hipódromo da Gávea ou Jockey Club?
Para esclarecer a dúvida, é no Hipódromo da Gávea que acontecem as corridas do Jockey Club Brasileiro (ou simplesmente Jockey). O lugar é mais um dos cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro, instalado em 1922, e que um dia já foi considerado afastado do centro, mas hoje está cercado pela cidade.
Houve um tempo em que, além de receber os derbys mais concorridos, sediava o disputado Grande Prêmio Brasil, onde as mulheres exibiam seus melhores figurinos e chapéus dignos de Ascot, na Inglaterra.
Sociedade Hípica Brasileira
Desde novembro de 1938, cavaleiros e amazonas cariocas treinam na Sociedade Hípica Brasileira, onde nomes como Thiago Mattos (vencedor da 3ª etapa do Ranking SHB Village Mall) e Victor Luminatti, que anda brilhando nas pistas internacionais, realizam seus treinos e colecionam prêmios.
Os clubes da Lagoa oferecem muitas possibilidades para os amantes de esportes e tudo isso, ainda acompanhado de belas paisagens que enchem os olhos de qualquer um!
Bares e restaurantes da Lagoa Rodrigo de Freitas: a melhor gastronomia ao seu redor
De quiosques que oferecem diversas comidas e bebidas, a restaurantes estrelados. A Lagoa tem de tudo um pouco!
Há muito mais o que fazer no Jockey Clube do que assistir as corridas e apostar em alguns dos magníficos cavalos que correm em sua pista. Confira alguns bares e restaurantes que você precisa conhecer:
Casa Camolese
Idealizada por Cello Camolese e Vik Muniz, a Casa Camolese combina o melhor da boa mesa, alta coquetelaria, cervejaria artesanal, café e delicatessen; tudo isso acompanhado da Casa de Shows Mamouche no subsolo.
A Casa Camolese fica em uma das residências da revitalizada Vila Portugal. O grande balcão convida a deliciar-se com os coquetéis e bebidas deliciosos, preparados pelo chef de bar Thiago Politi.
No restaurante, o melhor da culinária ítalo-mediterrânea é servido em um ambiente moderno e criativo. As cervejas são artesanais, elaboradas e fermentadas no próprio lugar. À noite o Mamouche ferve com shows de jazz incríveis.
A Carpintaria, que fica ao lado da Casa Camolese, é um lugar de experimentação de diversas formas de arte. Ganhou este nome por estar em uma das casas da antiga vila operária (construída em 1926), e está na mais fina companhia: a Galeria Fortes Vilaça instalou sua primeira galeria carioca no local; Nara Roesler mudou sua galeria para lá, e Oskar Metsavaht, abriu sua OM.Art.
Talho Capixaba
Que tal um lanchinho na Talho Capixaba, uma padaria com pães especiais, integrais e folhados; a melhor companhia para lanches maravilhosos!
Filé de Ouro
Um restaurante que se chama Bife de Ouro precisa de mais explicação? Nesse caso sim: O Bife de Ouro fica no Copacabana Palace; já esse restô localizado no Jardim Botânico/Lagoa chama-se Filé de Ouro.
Os amantes da boa carne garantem: a carne do Filé de Ouro é macia, servida no ponto, e a especialidade da casa é o bife com batatas fritas, simples assim. E a décadas tem fila na porta, é bom chegar cedo. Alguém resiste?
Bar da Lagoa
Quando você está na Lagoa, muito possivelmente o Parcão vai estar no seu caminho, e lá é onde fica o tradicionalíssimo Bar da Lagoa.
Aberto em 1934, serve pratos da culinária brasileira e alemã. O filé a parmegiana é a estrela da casa, assim como as queijadas e strudels ótimos. Comidas sob as bênçãos do Cristo Redentor!
Viu? São muitas opções deliciosas para provar e tornar o passeio mais incrível.
A bela edição de roupas da loja Dona Coisa
Se você estiver andando pela área, e gosta de moda, não deixe de conferir a coleção de peças feita por Roberta Damasceno para sua multimarcas.
Roberta Damasceno, passou anos trabalhando no mercado financeiro como operadora de open e bolsa de valores, mas a moda era sua paixão.
Então em 2005 ela abriu a loja Dona Coisa, que reúne moda feminina e masculina, com roupas garimpadas por ela (que tem um olho privilegiado), entre marcas como Gloria Coelho, Egrey, Handred, Lino Villaventura e A. Niemeyer.
Mas não para por aí! A loja ainda conta com variedades como jóias, acessórios, objetos, artigos de casa e arte, e as store in store da Osklen e Phebo. Ela vende de tudo um pouco, de miudezas a peças caríssimas.
Há pouco tempo Roberta criou sua coleção Nº Dez, você pode conferir todas as peças nas redes sociais, mas a criadora da coleção acredita que a experiência presencial é insubstituível.
O que fazer na Lagoa Rodrigo de Freitas? 3 lugares para visitar na Lagoa
Na Lagoa tem Igreja, Catacumba, subida até o Cristo… programas que vão além dos esportes à beira d’água, e nem todo mundo conhece.
O lugar é lindo, com belas paisagens e, ainda, oferece diferentes possibilidades de programações de lazer, diversão e cultura. Então, o que fazer na lagoa rodrigo de Freitas? Continue a leitura e confira três lugares que você precisa conhecer.
1 – Parque Natural Municipal da Catacumba
No espaço onde fica o Parque Natural Municipal da Catacumba (que já se chamou Carlos Lacerda e Marcos Tamoyo), ficava a Favela da Catacumba, removida nos anos 1970, que ocupava as encostas íngremes do morro.
Na região, foi feita a recomposição florestal da encosta, que acabou se transformando em um Parque, onde as árvores e as esculturas ao ar livre são as estrelas.
Por mais contraditório que seja, não existe nenhuma catacumba no parque. Mas há diversas espécies de árvores, plantas, flores, caminhos e praças que fazem o lugar ainda mais agradável.
Uma trilha de 600 metros leva ao mirante do Sacopã, de onde se avista a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Jardim Botânico, a praia de Ipanema, a Pedra da Gávea e o Morro Dois Irmãos. Ou você também pode escolher praticar arvorismo, rapel, tirolesa e o muro de escalada.
Para acessar o site do Parque, clique aqui!
2 – Igreja Santa Margarida Maria
A Igreja Santa Margarida Maria é a paróquia da Lagoa. Erguida em uma área de mangue aterrada e loteada.
Conforme foi sendo ocupada, os moradores sentiram falta de uma igreja próxima. Os fiéis do Apostolado do Sagrado Coração de Jesus e os Congregados Marianos, resolveram construir uma nova Igreja e dedicar a Santa Margarida Maria, e assim, em 1977, foi criada canonicamente a paróquia.
Caso queira conhecer o endereço exato, horários das missas, eventos semanais e muito mais, acesse o site deles por aqui.
3 – Cristo Redentor
Last but not least (por último, mas não menos importante)… Vale a pena subir até o Cristo Redentor, no alto do Morro do Corcovado, no Parque da Tijuca.
As opções são ir a pé (uma linda e puxada caminhada), de carro ou no Trem do Corcovado – inaugurado por D. Pedro II, antes mesmo da construção do Cristo Redentor.
Um belo passeio que vai desvendando as belezas do Rio conforme você vai subindo pela estrada que serpenteia na parte de trás da famosa estátua.
Ao contrário do que se imagina, a estátua o Cristo foi projetada e construída no Brasil, concebida pelo engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa, construído em colaboração com o escultor francês Paul Landowski e com o engenheiro compatriota Albert Caquot, sendo que a cabeça e as mãos foram esculpidas na França.
Com o passar das décadas o Cristo Redentor, que hoje aceita eventos, casamentos, batizados e missas, foi considerado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.
Depois dessas dicas fica fácil planejar o que fazer na Lagoa Rodrigo de Freitas, quando for conhecer o lugar. Aproveite e faça uma ótima programação!