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Morumbi e sua cultura: onde a arte se perde no meio da natureza

Crédito imagem de capa: saopaulo.com.br/google/ ”nenhuma violação de direitos pretendida” 

O bairro tem opções de passeios artísticos ao ar livre, embalados em muita história e cultura. Existe um programa mais completo? 

Um berço de cultura: a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano merece a visita

Preservando a natureza, o mobiliário e documentos importantes, além de realizar cursos e atividades artísticas, a Fundação é um oásis verde aberto à visitação.

Oscar Americano, o idealizador do bairro do Morumbi, não poderia morar em outro lugar que não fosse no bairro que desenvolveu com tanto cuidado. Depois da morte da esposa Maria Luisa, o engenheiro doou para a cidade a casa onde morou, por 20 anos, com a mulher e os filhos. 

E legou, também, sua preciosa coleção de obras de arte e um extenso parque com os mais diversos tipos da flora brasileira, criando assim um panorama do país do passado e do presente.

Morumbi e arredores: imagem externa da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano                                                                                                Créditos: fundacaoorcaramericano.org.br/google/ “nenhuma violação de direito pretendida”

A casa, projetada pelo arquiteto modernista Oswaldo Arthur Bratke, data de 1950. Nela está o acervo de pinturas desde o século XVII, mobiliário, pratarias, porcelanas, tapeçarias e arte sacra formado pelo engenheiro e outras peças que foram sendo adquiridas com o tempo, tornando a cultura do Morumbi ainda mais valiosa. 

O parque que cerca a casa ocupa uma área de 75 mil metros quadrados, e começou a ser projetado e implantado, em 1948, pelo paisagista Otávio Teixeira Mendes, para que as futuras gerações tivessem acesso à vegetação típica brasileira.

Numa mistura de pau-brasil, pés de café, jacarandá, pau-ferro, eucaliptos e outros espécimes que formam um condensado da nossa rica flora. Segundo consta, o acordo entre as partes era que o paisagista seria pago “por árvore de qualidade, plantada e vingada”. 

Por sua dimensão e variedade de espécies, o parque da Fundação é importante reserva ecológica da cidade, e também berço de mais de 50 espécies de aves que buscam a sombra de suas árvores para sobreviver na selva de pedra. Uma dica: Compre o guia do parque e descubra as qualidades desse jardim, caminhando pelos dez setores propostos. Vale a pena.

Onde: Av. Morumbi, 4077, tel. (11) 3042-0077

Chá da tarde 

Depois de conhecer a Fundação, apreciar as obras de arte dos mais diversos períodos da história do Brasil, que se espalham por essa casa que é uma das maiores referências da arquitetura moderna brasileira, conhecer um pouco da cultura e caminhar pelo parque, reserve um tempinho para um delicioso chá da tarde, servido no melhor estilo inglês.

Morumbi e arredores: imagem fechada mostra xícara de chá centralizada
Que tal um chazinho à tarde?
Créditos: memoriasdeumestomagofeliz.files.wordpress.com/google/ “nenhuma violação de direitos pretendida”

A casa de vidro dentro do bosque

O primeiro projeto da arquiteta Lina Bo Bardi, que tem em seu currículo nada menos do que o MASP e o SESC Pompéia, fica aqui, no Morumbi. 

Foi em meio às árvores e ruas sinuosas do bairro, que o casal de arquitetos italianos Lina Bo e Pietro Maria Bardi decidiram construir sua morada. 

Imagem externa mostra frente da casa de vidro, no Morumbi
Casa de Vidro: onde viveram Lina Bo e Pietro Maria Bardi
Créditos: spcity.com.br/google/ “nenhuma violação de direitos pretendida”

Apelidada de A Casa de Vidro, esse ícone da arquitetura moderna com fachada toda de vidro, apoia-se delicadamente sobre pilares, no centro de um terreno de sete mil metros quadrados. 

Se de um lado o engenheiro Oscar Americano fez de seu condomínio um retrato da flora brasileira, o casal de italianos planejou e plantou seu jardim deixando que a vegetação rasteira da época vicejasse e se transformasse em uma floresta particular, cortada por caminhos de pedras e cacos de cerâmica.

Ponto de encontro de intelectuais, A Casa de Vidro não poderia ser outra coisa, depois da morte de seus moradores, que não um Instituto voltado para a cultura, um espaço de pesquisa e troca de ideias, tombado pelo CONDEPHAAT em 1987, que também promove e divulga a cultura da arquitetura, do design, urbanismo e da arte popular brasileira.

Imagem interna mostra exposição dentro da Casa de Vidro, no Morumbi
Casa de Vidro: Instituto em exposição
Créditos: archdailybrasil.com/google. “nenhuma violação de direito pretendida”

O acervo do casal é um testemunho de respeito ao povo brasileiro e uma mostra de seu interesse genuíno pela nossa cultura e memória.

Textos, fotografias, filmes, documentos, anotações pessoais, cadernos, plantas, maquetes, notícias de jornal e objetos de arte popular, os desenhos de Lina Bo Bardi está tudo catalogado e digitalizado para ser visto e pesquisado. Merece a visita.

Onde: Rua General Almério de Moura, 200,
info@institutobardi.org

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