Imaginar museus, galerias de arte, street art em um balneário pode parecer estranho, mas em Punta não é!
Punta del Este é repleta de arte, começando pelo mais simples: a arte e a história que está exposta nas ruas, de frente para o Atlântico fica a Imagen de Nuestra Señora de la Candelaria, a pequenina Iglesia de la Candelaria, bem em frente ao Farol, construído em 1860, para sinalizar os navios do que é o mar e o rio, ganhou prismas de cristal importados da França e uma bela vista do pôr do sol.
Na Calle 2, na Plazoleta Grã-Bretanha, está a âncora do navio britânico Ajax, que participou da Batalha do Rio da Prata contra os alemães, e serve como sinal do limite entre o oceano e o rio.
Também existe street art em Punta, com obras de artistas renomados, que acontece entre as Calle 11 e 14, uma das obras de destaque mais importante é o Vórtice, recente obra de David de la Mano.
A mais instigante obra de arte é La Mano, escultura do chileno Mario Irarrázabal, que enterrou uma mão de cimento nas areias da Playa Brava, deixando apenas os dedos de fora. “É a presença do homem na natureza”, diz o artista.
O escultor uruguaio Pablo Atchugarry, conhecido por suas formas abstratas, geralmente de mármore; criou o Parque de Esculturas a uns 30 minutos de Punta, onde fica seu ateliê, e espalhou suas obras pelos jardins e lagos. Uma visita que vale a pena!
Imperdível: A Casapueblo de Vilaró
Como em Key West, no sul da Flórida, visitar a casa onde Ernest Hemingway viveu é um programão para os amantes da literatura. A Casapueblo, em Punta Ballena, foi construída e idealizada pelo pintor e escultor Carlos Páez Vilaró, um dos mais importantes artistas uruguaios.
A casa em si já é um acontecimento. Uma escultura branca, de formas desalinhadas, “que foi construída como se fosse uma escultura habitável, sem plantas, seguindo meu entusiasmo”, explicou certa vez o artista, e está pendurada no alto de um penhasco sobre o mar. “Era uma casa muito engraçada”, teria escrito Vinicius de Moraes, em homenagem ao lar e oficina do amigo Vilaró, na música “A Casa”.
Hoje, no rooftop, onde vivia e criava o artista, fica um museu e uma oficina, algumas de suas obras estão à venda, e um cineminha mostra trechos da história de Vilaró.
No final da tarde (o melhor horário para a visita), enquanto cai o sol, acontece a Cerimônia do Sol, momento em que se declamam poemas escritos por Vilaró.
Um restaurante delicioso com vista privilegiada pode ser uma boa opção pós visita ou uma ida ao café, e ainda existe a possibilidade de hospedagem em um dos 20 quartos do Club Hotel Casapueblo.