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Haras Larissa: Fazenda, Haras, Condomínio e Paraíso Equestre

O condomínio Haras Larissa manteve as características originais de seus tempos de haras: as cocheiras, as baías de 20m² com ventilador, os quartos para arreios, as pistas de areia e grama, os picadeiros, os redondéis, os campos de dimensões oficiais, instalações para veterinários e muito mais.

Cocheiras do Haras Larissa
As cocheiras do Larissa.
Crédito: google.com

O Larissa é um empreendimento pensado, principalmente, para quem ama cavalos, gosta de montar, saltar, taquear… Restaurado e readequado pelo arquiteto Marcos Tomanik, a casa da fazenda é a sede do clube, onde estão as áreas comuns, bar, restaurante, piscina. 

Espalhados pelas alamedas cercadas por árvores centenárias que levam às cocheiras, picadeiros e também campo de golfe, (presença obrigatória na maioria dos condomínios de alto luxo), pouco mais de 60 lotes com tamanhos que variam de 1.500 a 4.000m², alguns deles com casas projetadas por arquitetos como Felipe Caboclo e pelo escritório Mandarina. 

Tetos das cocheiras do Haras Larissa
As tesouras de madeira do teto das cocheiras do Larissa.
Crédito: dianabrooks.com.br

Esse haras particular fica pertinho de Campinas, na cidade de Monte Mór, pouco adiante de Sumaré. Lá é possível deixar os animais que serão tratados por profissionais, seus arreios e ração, tendo a certeza de que eles estarão muito bem cuidados e trabalhados. 

Para quem não pratica hipismo e nem tem cavalos, o Haras Larissa manteve o clima tranquilo do grande haras que um dia foi (o Bordon era dono de um plantel de animais de primeira qualidade), guardando o verdadeiro espírito e sofisticação das fazendas criadoras de cavalos puro sangue. 

Cavalos no Haras Larissa
Na esquerda, cavalo se refrescando. Na direita, redondel do Larissa .
Crédito: haraslarissa.com.br e imovelespecial.info

Hipismo: entenda o esporte que tanto encanta

Talvez nem todo mundo saiba que o hipismo engloba todas as modalidades esportivas que envolvam o homem e o cavalo.

A arte de montar a cavalo envolve equitação, hipismo clássico, hipismo rural, saltos, adestramento, corridas, polo e etc. Portanto não é correto confundir hipismo com equitação, muito menos pensar que quem joga polo não pratica hipismo. 

Hipismo: é o conjunto de esportes praticados envolvendo o homem e o cavalo.

Equitação: é a arte da cavalgada, o treinamento feito para coordenar a consciência corporal humana à do animal, buscando equilíbrio e harmonia. Pode-se dizer que é a “introdução” para outros exercícios como o adestramento, o salto, a corrida, o polo… 

Descubra aqui quais dessas modalidades fazem parte dos jogos olímpicos e quais não, quais suas principais características e diferenças. E que existem modalidades esportivas praticadas com cavalos que fazem parte dos jogos olímpicos, e outras não. 

Pista de treinamento do Haras Larissa
Pista de treinamento do Larissa.
Crédito: larissa.com.br

As olímpicas são:

Adestramento: é a realização de uma série de movimentos (figuras), com diferentes graus de dificuldade, executadas com a maior perfeição possível, que exigem a sintonia perfeita entre cavalo e cavaleiro (ou amazonas, no caso das mulheres). Juízes atribuem notas para quesitos como disciplina, prontidão e elegância.

Saltos: a dupla cavalo e cavaleiro/amazonas devem transpor, em uma pista própria, entre 10 e 15 obstáculos com alturas que variam entre 0,60 e 1,65m. Existem categorias diferentes entre os competidores. 

Na “Equitação Fundamental”, ideal para iniciantes, a altura dos obstáculos não ultrapassa 0,90m, e o que importa é cumprir o circuito dentro do tempo ideal. Nas provas com obstáculos de até 1 metro, as diferenças são pequenas e o cavaleiro escolhe se prefere cumprir a rotina no tempo ideal ou utilizar o cronômetro para contar o tempo. 

Nas demais alturas, vence quem cumprir o trajeto no melhor tempo, sem cometer faltas ou derrubar os obstáculos.

Salto com obstáculo no Haras Larissa
Salto com obstáculo no hipismo clássico.
Crédito: glamurama.uol.com,br

Concurso Completo de Equitação (CCE): é como se fosse um triatlo a cavalo, que reúne as três etapas: adestramento, salto e cross-country, que revelam a habilidade do conjunto (homem e animal) em diversas situações.

Pentatlo moderno: Essa modalidade é relativamente recente nas Olimpíadas, e sua maior dificuldade é o fator surpresa, uma vez que os atletas ficam conhecendo suas montarias pouco antes da competição, ou seja, os cavalos são apresentados aos técnicos e atletas em um teste de salto, e é um sorteio que define quais serão os conjuntos. 

Assim, os atletas têm menos de meia hora para aquecer o animal e se familiarizar com eles. Quedas e faltas são corriqueiras devido a falta de intimidade entre a dupla, e são passíveis de eliminação.

O que conhecemos como hipismo clássico é um esporte completo e único que, mesmo reunindo boa parte das provas listadas acima, vai além das técnicas de equitação e montaria. Sua prática ensina valores que são fundamentais para o desenvolvimento da sabedoria e da maturidade humano.

As modalidades não olímpicas são:

Enduro: é uma prova de resistência do animal que deve percorrer entre 80 e 150km em etapas (anéis) de descanso e checagem. Caso o animal esteja muito cansado ou apresentar dores, ele é desclassificado.

Volteio: são movimentos de ginástica artística praticados sobre o animal em movimento, de forma harmoniosa. As provas são individuais, em duplas ou equipes, e as notas são aplicadas conforme a técnica, grau de dificuldade, equilíbrio, segurança do atleta e integração com o cavalo. 

Dica: para quem gosta de seriado “água com açúcar” envolvendo cavalos, não deixe de assistir Heartland (Netflix), a protagonista, além de ser uma encantadora de cavalos, faz movimentos sobre os animais inacreditáveis.

Atrelagem: são provas de adestramento, maratona e corrida de obstáculos feitas com o atleta no comando de uma charrete puxada por um, dois ou quatro cavalos (a versão atual das antigas corridas de biga). 

No adestramento, devem ser executados movimentos livres e obrigatórios numa pista de 100 x 400m. A parte da maratona é um percurso de 22 km com obstáculos naturais e artificiais; e a corrida de obstáculos é contra o relógio, onde os charreteiros devem se esquivar dos cones ao longo do caminho.

Rédeas: a prova de rédeas demonstra que o cavaleiro domina todos os movimentos do animal.

Treinamento de salto no Haras Larissa
Treinamento de salto em uma das pistas do Larissa.
Crédito: dinheirorural.com.br

Polo: taqueando no Haras Larissa

Mesmo que o polo equestre tenha chegado ao Brasil via Rio de Janeiro, São Paulo se rendeu ao esporte dos nobres.

Não se sabe ao certo qual é a origem do polo. A história aponta para a Ásia Central e China, onde muitos séculos antes de Cristo, nobres, califas, sultões e imperadores jogavam uma versão tosca do polo como conhecemos hoje. Há quem diga que tenham sido os persas que introduziram o jogo no Egito e na Grécia, onde os campos tinham 500 metros de extensão, as traves do gol eram feitas com pedras, e as bolas de osso.

Dizem que os primeiros ocidentais a jogar polo foram os soldados ingleses e civis, em Manipur, estado entre a Birmânia e o Assam, na época da colonização inglesa na índia. 

Jogadores de polo Haras Larissa
Jogadores de polo: marca registrada.
Crédito: sp.mgfimoveis.com.br

O primeiro clube de polo, The Retreat at Silchar, foi criado em 1859, pelo capitão Robert Stewart, conhecido como o pai do polo moderno, na Índia Britânica. Nos anos de 1870, o polo já era bastante praticado na colônia, e usavam-se pôneis com, no máximo, 1,20m de altura, numa espécie de hóquei a cavalo. 

A notícia não demorou a chegar a Inglaterra que, três anos mais tarde, criava seu primeiro clube de polo, o Hurlinghton, onde foi estabelecido o Regulamento Mundial de Polo. E em pouco tempo encantou nobres e realeza.

Mas não foi apenas a Inglaterra a se apaixonar pelo jogo. Logo a Argentina se envolveu com o esporte com imenso sucesso por conta de suas condições climáticas e topográficas. A Argentina é hoje um dos maiores e melhores produtores de cavalos de polo e jogadores do mundo. 

Praticado em cerca de 50 países. Mesmo sendo um esporte caro, o polo conquistou, também, os brasileiros nos anos 1920, quando os ingleses fundaram, no Rio de Janeiro, o Gávea Polo e Golf Club. São Paulo, hoje, ultrapassou o Rio de Janeiro e abriga a sede da Confederação Brasileira de Polo.

As regras do jogo

Partida de salto no Haras Larissa
Taqueando durante uma partida.
Crédito: cbpolo.com.br

Os cavalos usados em uma partida de polo são das raças puro sangue inglês e quarto de milha, crioulo, manga-larga, entre outros. Na Argentina existe a “raça polo”, certificada desde 1982. Essas raças são usadas por sua velocidade e resistência, e por serem animais de temperamento calmo e tranquilo.

  • polo se joga a cavalo, no qual quatro jogadores por equipe se enfrentam golpeando uma pequena bola e um taco longo, com o objetivo é marcar o maior numero de gols, emplacando a bolinha na baliza (7,3 metros de altura) da equipe adversária. 
  • Os tacos são feitos com uma cana da Índia especial, compacta e ao mesmo tempo flexível. O comprimento do taco mede cerca de 3 metros de comprimento, dependendo da altura do cavalo e da medida do braço do jogador. 
  • A bola pode ser de madeira (como ocorre no campeonato Aberto de Palermo, na Argentina), ou de polipropileno maciço, pesando 150 gramas.
  • As medidas de um campo de polo são 275x180m, e os cavalos utilizados caracterizam-se por ter uma altura que varia entre 1,52 metros e 1,60 metros. 
  • O jogo é disputado por duas equipes com 4 elementos cada, numerados de acordo com as posições que ocupam no campo de jogo, sendo o nº1 e nº2 atacantes, o nº3 meio de campo e o nº4 defensor.
  • Um jogo dura pouco mais de uma hora, e é dividido por períodos chamados chukkas. Conforme o nível de jogo, podem variar de 4 a 6 chukkas por partida. 
  • Cada chukka tem duração de 7,5 minutos e é feito um intervalo de 3 minutos entre os chukkas. Na metade da partida é feita uma pausa de 5 minutos.
  • Os cavalos devem ser trocados a cada chukka e cada animal só pode ser utilizado duas vezes no mesmo jogo.

Os cavaleiros são qualificados pelo nível dos jogadores (handcap) e varia de -1 a 10. É a soma de gols de cada participante que determina em qual categoria o time pode jogar.

Athina Onassis: nobreza a cavalo no Larissa

Considerado o esporte dos reis, príncipes e dos muito ricos, o polo é paixão da realeza e da biliardária Athina Onassis. 

Athina Onassis, neta e herdeira do biliardário armador grego Aristóteles Onassis, é outra apaixonada por cavalos, só que sua especialidade é o hipismo clássico, modalidade que combina uma série de saltos de obstáculos correndo contra o tempo. 

Frequentadora assídua de torneios e campeonatos, Athina criou um evento próprio, o “Athina Onassis International Horse Show” (AOIHS), para divulgar o esporte, principalmente no Brasil. 

Hoje separada do brasileiro Doda Miranda, o cavaleiro número um do país, a moça vive uma vida tranquila, longe de badalações, em um apartamento pequeno em uma cidadezinha na Holanda, onde cria e treina seus animais. 

O Haras Larissa recebeu uma visita ilustre em um de seus primeiros torneios de polo equestre. O príncipe Harry, da Inglaterra, mesmo há seis meses sem taquear, participou de uma partida beneficente entre seu time, o Sentebale, contra o St. Regis. O time dele venceu, mas há controvérsias se o príncipe fez um gol, ou não. Mas valeu a visita.

Príncipe Harry em evento beneficente no Haras Larissa
Príncipe Harry, da Inglaterra, em evento beneficente no Larissa.
Crédito: revistafatorbrasil.com.br/alandavidson

Curiosidades do esporte

  • Foi um certo Kikkulis, professor de equitação do antigo reino de Mitanni (onde hoje estão a Turquia, Síria e o Iraque) quem teria adestrado os primeiros cavalos. O ano era 1360 a.C.
  • A primeira participação de cavalos em uma Olimpíada, teria sido em uma corrida de biga puxada por quatro cavalos, na Grécia Antiga.
  • Foi no século 19 que o salto a cavalo passou a ser praticado. E a Real Sociedade de Dublin criou, em 1881, a base das regras das atuais competições de hipismo.
  • O hipismo tornou-se esporte olímpico nos Jogos de 1912 em Estocolmo, Suécia.

 

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