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Itaim Bibi: onde fica?

Não confunda o Itaim Bibi, bairro nobre da zona sul de São Paulo, com o Itaim Paulista, o último distrito da Zona Leste de São Paulo – dois perfis de bairro completamente diferentes.

A região considerada Itaim Bibi tem como divisas o Parque do Povo Mario Pimenta Camargo na Marginal Pinheiros, a Av. Cidade Jardim até a Av. 9 de julho, na altura da Av. Santo Amaro e rua Groenlândia e a Av. Juscelino Kubitschek. 

O bairro é cortado pela Av. Brig. Faria Lima, englobando a Chácara Itaim. 

Mapas do bairro Itaim Bibi
Mapas do Itaim Bibi
Créditos: hoshermap.com.br e casadosmapas.com.br

Quanto vale o metro quadrado no Itaim Bibi?

A maneira mais utilizada para computar o valor médio de um bairro é por clusters de metragem. Para imóveis de de 50 m² a 250 m², o valor oscila entre R$ 13.377 e R$ 12.390, o m².

(dados de setembro de 2020, fonte: proprietariodireto.com.br)

Vista aérea noturna de Itaim Bibi, com prédios com as luzes acesas
Ao cair da tarde, o Itaim se acende.
Créditos: spcity.com.br

Cadê a sede da chácara Itahy?

Na história do bairro do Itaim Bibi consta que a sede da chácara, construída no final do século 18, era feita de taipa de pilão, considerada uma verdadeira casa “bandeirista” por sua arquitetura rústica e nenhuma influência europeia. 

Na década de 1940, a casa foi alugada para o sanatório Bela Vista, que tratava de doentes mentais. Por sua localização privilegiada, por seu valor histórico e por seus 19 mil m² de terreno, a propriedade virou objeto de desejo das grandes incorporadoras. 

Por conta desses atrativos e pensando na valorização do bairro e do patrimônio histórico, em 1978, o antigo camiseiro da região Aloísio Soares, acionou o Condephaat para o tombamento e proteção da propriedade. Dois anos mais tarde, um grupo de especuladores adquiriu o terreno e decidiu pôr a casa abaixo. 

O Condephaat foi acionado novamente, mas na calada da noite, sem autorização, parte da casa foi ao chão. Todos os esforços foram feitos para que se preservasse as árvores e as ruínas da casa. 

Seguindo o movimento Gentileza Urbana, conhecido nos Estados Unidos, um acordo entre a Prefeitura e os novos proprietários, selou a proposta de erguer ali um edifício comercial.

O tal edifício foi composto com vão livre de 30 metros de altura e 45 metros de largura sobre a casa “bandeirista”, que seria restaurada pelos empreendedores. 

Demorou para a restauração ficar pronta, mas da hoje movimentada av. Faria Lima, é possível ver a parte de trás da casa, como há 200 anos atrás.

Fachada do edifício Pátio Victor Malzoni, no Itaim Bibi
Edifício Pátio Victor Malzoni, sede do Google, com a Casa Bandeirista ao fundo.
Créditos: mapio.net

A Casa Bandeirista do Itaim

A restauração da Casa Bandeirista levou mais de uma década, em um minucioso trabalho de restauração e reconstituição da época de sua construção. Originalmente a casa tinha nove cômodos entre sala, quartos e até uma capela. 

A construção é simples, com telhado de quatro águas, está caiada de branco, com portas e janelas de madeira cumaru. As fechaduras e chaves foram refeitas em ferro exatamente como eram no final do século 18. 

Além disso, as paredes de taipa de pilão foram totalmente restauradas no cômodo da capela, que teve seu altar recuperado. 

Em 2019 passou a funcionar ali o Instituto Casa Bandeirista, centro de referência histórica, cultural e arqueológica, aberto ao público e com acesso gratuito.

Av. Brig. Faria Lima, 3477, tel. (11) 3078-6914

Fachada da Casa Bandeirista, no Itaim Bibi
Casa Bandeirista restaurada e as árvores recuperadas.
Crédito: Lya Mayumi/revistarestauro.com.br

 

Ambiente da capela e cômodo com acabamento rústico carioca, na Casa Bandeirantes do Itaim Bibi
Na esquerda, ambiente da capela. Na direita, acabamento rústico carioca, comum desde 1600.
Crédito: Acervo Instituto Casa Bandeirista

 

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