Moradora do Jardim Paulista, desde que se entende por gente, Vera Suplicy fala do pedaço que escolheu para chamar de seu.
Vera Suplicy nasceu no Jardim Paulista e passou sua infância no bairro, ela se lembra do bonde que um dia tomou para voltar do Colégio Rio Branco, onde estudava, e mostra os trilhos aparente na esquina da Rua Antônio Bento.
Casou-se com o empresário Roberto Suplicy (leia-se Bar Supremo, Guéri Guéri, Dry) e continuou morando no bairro. Quando as filhas nasceram, a casa ficou pequena e mudaram-se para outra, poucas ruas adiante. Ela mora nessa casa até hoje, recebe as filhas, os genros, netos e muitos amigos, acompanhada da cachorrinha Laurinha e da gata Mia, que adotou a família Suplicy como sua.
Como ritual sagrado, Vera Suplicy caminha todas as tardes pelas ruas arborizadas no Jardim Paulista, com o celular na mão, fotografando tudo que vê. “Faço séries”, conta ela, “uma vez são as calçadas, outra os portões, as árvores, os muros, as flores e o que mais me chama atenção, e o público do Facebook”. As fotos são ótimas e ela cedeu algumas para o blog da High.
High: Você mora no Jardim Paulista desde sempre. Sentiu alguma mudança no bairro?
Vera Suplicy: Muito pouco. Algumas casas foram compradas, derrubadas e viraram mansões; outras se esconderam atrás de muros altos e guaritas; existem as que se mantiveram iguais a quando eu era criança. Meu bairro é antigo, uns conservam, outros reformam ou derrubam. Acho essa mistura gostosa.
High: O que você mais gosta no Jardim Paulistano?
Vera Suplicy: O bairro é plano, bom para andar e tem tudo próximo, é só atravessar a avenida, além de estar quase ao lado do Ibirapuera.
High: Alguma descoberta nas suas andanças?
Vera Suplicy: Os trilhos onde a linha 40 Jardim Paulista fazia o balão, foram descobertos por acaso durante uma obra da Prefeitura, e agora ficam à vista de quem passa. Também tem o casarão de esquina com muro todo grafitado, na dúvida sobre quem era o artista, toquei a campainha e descobri que pertencia aos gêmeos.