Parque Ibirapuera, uma nova opção para morar
A entrada do Parque Ibirapuera se dá a partir da avenida Quarto Centenário, atravessa o Jardim Lusitânia — uma área totalmente residencial, exclusiva, silenciosa, quase escondida de quem passa desavisado pela rua, e esconde ruas arborizadas e casas deliciosas que parecem ter o Parque como quintal.
Depois, o Parque Ibirapuera cruza a rua Afonso Brás e alcança Moema, um bairro com ares de Leblon, segundo cariocas frequentadores, e guarda apartamentos e coberturas inacreditáveis, de altíssimo padrão e belas vistas, em muitos de seus edifícios.
Quem mora em Moema, conhece os encantos e recantos que o bairro tem. E como bem descreve a diretora de arte Claudia Jaime, desbravadora e moradora apaixonada: “É bom de andar a pé, ir ao Ibirapuera caminhando durante a semana é um privilégio”.
O bairro tem muitos restaurantes e botecos bons, lojinhas novas surgem como do nada, sorveterias deliciosas e também serviços de qualidade, como:
- farmácias;
- padarias;
- o melhor consertador de malas na rua Rouxinol;
- bons supermercados (St. Marche) a mercadinhos pequenos, como a filial da zona cerealista (na esquina da Jauaperi) que vende castanhas, azeitonas, queijos, grãos e farinhas a granel, como se você estivesse no Brás.
Nos finais de semana, a feirinha de domingo ainda tem de tudo e um clima de cidade pequena: você conhece os feirantes e encontra as mesmas pessoas. É bem acolhedor.
Pensando bem, Moema tem mesmo uma atmosfera praiana, talvez pela arquitetura de seus edifícios, talvez pelas ruas que convidam ao passeio, ou mesmo pela quantidade de sorveterias que se espalham pelo bairro.
Lá, os bairros têm ruas com nomes de pássaros em uma parte, e de árvores e tribos indígenas do outro lado da avenida Ibirapuera, que separa o bairro em duas metades que se completam.
Há quem prefira o lado dos pássaros ou das árvores e índios, cada um tem seus encantos, se completam e se apresentam como mais uma opção bacana para morar em São Paulo.
Dedinho de história do Parque Ibirapuera
História do Parque Ibirapuera e arredores: junção dos bairros Jardim Lusitânia, Moema e Indianópolis
Para falarmos um pouco sobre a história do Parque Ibirapuera, começaremos pelo bairro, que teve início em 1913, com o loteamento de uma área de 184 alqueires, por Fernando Arens Jr., mas não fez o sucesso esperado até a década de 1960, quando o prefeito Faria Lima retirou os bondes que vinham da Vila Mariana e faziam de Moema seu ponto final.
A partir de então, a população começou a crescer, as construtoras a se interessarem e investir nos grandes terrenos planos por bons preços. No clima agradável, o bairro ganhou o Shopping Ibirapuera, e começou a florescer.
Até então, toda essa região era conhecida como Indianópolis, mas lá pelos anos 1987, por conta do crescimento imobiliário, a população fez um abaixo assinado pedindo a mudança do nome, que foi aceita pelo prefeito Jânio Quadros.
O bairro foi batizado de Moema, em referência ao personagem do poema Caramuru, de Santa Rita Durão. Moema, em tupi antigo mo’ema, significa mentira (no poema uma referência à amante rejeitada, ao amor falso).
Foi assim que o bairro Moema entrou para a história do Parque Ibirapuera, que até hoje, conquista o coração de muitos visitantes e é claro, atrai diversos moradores.
Parque Ibirapuera: cultura e qualidade de vida
Um lugar para viver com cultura e qualidade de vida, cercado de verde, museus, esportes ao ar livre e parques…
Você sabia que Moema tem um dos mais altos índices de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade, com 0,972, em uma escala de zero a um, e uma das mais altas rendas familiares da cidade, só perdendo para o Morumbi?
Por estar muito perto do Parque Ibirapuera, Moema é um dos principais lugares que proporcionam maior qualidade de vida, por ser uma das áreas de esporte ao ar livre mais utilizadas da cidade.
Por suas ruas asfaltadas (proibidas para carros) e vielas de terra que cortam as matas, é possível pedalar, correr, caminhar, e, sob a marquise, andar de skate e patins.
Paraíso das bikes
Ainda na região, mas fora do perímetro do Parque Ibirapuera propriamente dito, fica o Parque das Bicicletas, uma grande área arborizada ideal para quem gosta de pedalar.
Quem não tem bike pode alugar. Skates, patins e patinetes são permitidos, mas nenhum veículo motorizado ou animal de estimação é permitido.
Onde: Rua Iraê, 35, tel. (11) 3396-6400 (por conta da pandemia é bom ligar antes para conferir os horários de funcionamento)
A bike dos seus sonhos
Segundo os moradores, pedalar é a mania do pedaço, e lojas que vendem bicicletas customizadas no Parque Ibirapuera não faltam. Anote:
- KRW Bikes: marcas Shimano, GtA e KSW. WhatsApp (44) 99182-7979
- Bike Sampa: Alameda dos Nhambiquaras, 1055 , tel. (11) 5051-6210
- Moema Bike Sport: Alameda dos Maracatins, N° 1592, tel. [11] 5533-8344 ou 2476-9800
- Bike for Life: Referência para quem faz triathlon e oficina certificada Shimano Center. Avenida Cotovia, 385 (11) 94901-4886 / [email protected]
- FreeCycle Store: Alameda dos Jurupis, 1348, tel. (11) 5093-5217
Mas não é só esporte que o Parque oferece, cultura é outro ponto forte, visto que o projeto de Oscar Niemeyer previu construções de vários museus, como:
- Museu de Arte Moderna;
- Museu da Aeronáutica;
- Museu do Folclore;
- Prédio da Bienal;
- Planetário;
- Auditório do Ibirapuera.
O auditório nasceu de uma parceria entre os arquitetos Oscar Niemeyer e Tomie Ohtake. Atravessando a passarela em direção ao antigo prédio do Detran, descobrimos o novo Museu de Arte Contemporânea que está um show.
Resumindo: é a maior concentração de cultura da cidade.
Restaurantes de qualidade no Parque Ibirapuera
No bairro com ares de Leblon, bares e restaurantes de qualidade é o que não faltam, e para todos os paladares…
O trecho onde o Parque Ibirapuera pode ser chamado de Pássaros, Árvores ou Índios, um dia abrigou a primeira casa de shows bacana da cidade, e levou vida e agito para um bairro afastado do centro.
O Palace abriu suas portas na Alameda Jamaris em 1983, com muito alarde e um super show de Roberto Carlos (depois recebeu artistas de renome internacional e espetáculos memoráveis, como Steve Winwood, Lou Reed, Caetano Veloso, Cazuza entre muitos outros).
O lugar foi sucesso por mais de 20 anos até fechar as portas, mas deixou no seu rastro a certeza de que aquele point tinha futuro.
Hoje é um reduto de bares e restaurantes de primeira linha e para quem gosta do assunto, tem sempre uma novidade a ser descoberta.
No topo do prédio originalmente projetado por Oscar Niemeyer, que um dia abrigou o Detran e hoje é onde está o Museu de Arte Contemporânea, fica um dos restaurantes de qualidade mais tops da cidade: o Vista Restaurante – nome mais do que acertado já que a vista para o Parque Ibirapuera é deslumbrante.
Inaugurado em 2018, o Vista mereceu três prêmios – Melhor Restaurante Brasileiro, melhor restauranteur (Leo Sanchez) e estreia do ano – de uma só vez, da revista Veja Comer e Beber. Marcelo Corrêa Bastos, chef e sócio, levou para esse privilegiado terraço, os muitos sabores do Brasil, com ingredientes e temperos nacionais e da estação.
Os mais de dois mil metros da cobertura do MAC, se dividem em quatro ambientes:
- restaurante;
- café;
- bar;
- espaço para eventos.
Todos com a cidade aos seus pés, e serve um menu que vai do menu executivo, que varia de terça a sexta, às perninhas de polvo grelhadas com salada de batata doce e molho de castanha de caju.
Onde: Av. Pedro Alvares Cabral, 1301, 8º andar, tel. (11) 2658-3188
Selecionado pela terceira vez pelo Guia Michelin, o Toro Sushi é considerado um japonês romântico contemporâneo, que tem como sushiman o respeitado Mestre Bié.
Sua especialidade? Sushi. Aposte no menu degustação com sete pratos e preste atenção na sobremesa.
Onde: Alameda dos Anapurus, 1430, (tel. (11) 2386-6966)
Exótico, mas igualmente delicioso, o Miss Saigon é considerado o melhor vietnamita de São Paulo. A história de seu chef é daquelas de romance, mas fato é que Vo Van Phuoc veio parar no Brasil e desde 2013 comanda a cozinha do Miss Saigon, servindo culinária típica do Vietnã do Sul.
Onde: Alameda dos Jurupis, 1374, (tel. (11) 4564-1419)
Tem quem atravesse a cidade para provar as delícias da terrinha no Chiado, Bar e Restaurante de Cozinha ibérica, que tem entre os sócios o famoso Serra, conhecido pelo Bela Sintra, e no fogão Arnaldo Eloi da Silva dividindo as panelas com a portuguesa Ilda Vinagre. O bacalhau com natas é recomendado.
Onde: Avenida Jurucê, 776, (Tel. (11) 5041-5276)
Bons vinhos, boas tapas, o cardápio escrito na lousa e aquele ar descontraído e acolhedor das tabernas espanholas, o Museo Veronica é um daqueles endereços de restaurantes de qualidade para anotar na agenda, esperar a pandemia melhorar, e ir curtir in loco o clima e a culinária do lugar. Por enquanto, só delivery.
Onde: Rua Tuim, 370, (tel. (11) 5051-2654
Sorveterias ao redor do Parque Ibirapuera
O que faz com que o Parque Ibirapuera lembre o Leblon? A quantidade de sorveterias espalhadas pelo bairro.
Basta abrir uma sorveteria nova, que quem é louco por sorvete dá um jeito de ir conferir a variedade de sabores e escolher o seu preferido. E o Parque Ibirapuera é um bairro com cara de cidade de praia, tal a quantidade de sorveterias conhecidas, ou nem tanto.
Para não fazer distinção, e deixar você escolher a sua predileta, segue o roteiro mais geladinho do pedaço!
Bacio di Latte
É das mais conhecidas da cidade, e desde que aportou por aqui, é difícil superar seus gelatos italianos. A linha de chocolates vai do chocolate ao leite ao 90% de cacau, amargos pra valer. Dois outros hits são os de figo e de paçoca.
Onde: Avenida Rouxinol, 576, tel. (11) 5041-1690
Ben&Jerry’s
A marca americana de sucesso encontrou seu point no bairro. Os campeões de bilheteria são os de chocolate. E a casquinha…
Onde: Alameda Jauaperi, 1266, tel. (11) 5096-7028
Stuppendo
Há quem ache que é o melhor sorvete da cidade, é experimentar para ver. Por trás de seus 800 sabores (sim!) que se revezam, está a expertise do chef Edu Guedes. Os de fruta são para deixar as sorveterias do Norte e Nordeste com inveja, e sabores como melão com gengibre ou grapefruit com suspiro dão um toque extra.
Onde: Rua Canário, 1321, tel. (11) 5093-2967
Davvero
É dos queridinhos dos sorveteiros, cremosos como os italianos.
Onde: Avenida Sabia 788, tel. (11) 2306-8228
Praça Rochinha
Até pouco tempo atrás era preciso ir até o litoral Norte para se deliciar com o tradicional Rochinha.
Já faz um tempo que ele subiu a serra e criou uma Praça, onde se encontram seus de 24 sabores de sorvetes de massa e 27 tipos de picolés, para não falar das caldas. Os clássicos do coco com pedaços são as estrelas da loja.
Onde: Avenida Pavão, 840, tel. (11) 2978-5984
Alguns não são tão conhecidos por quem não é do bairro, mas vale a pena experimentar…
- Frutos do Brasil: Avenida Lavandisca, 400, tel. (11) 5051-4884;
- Alessandro Mayo Diniz – Sorveteria: Avenida Ibirapuera, 3103 – LJ 20;
- Los Ticos Paleteros: Picolés mexicanos famosos na Alameda dos Arapanés, 851, tel. (11) 2614-5711;
- Tapereba Sorvetes: Avenida Macuco, 703, tel. (11) 5052-0330;
- Cold Stone Creamery: é uma marca americana que foi criada pelo ator Donald Shuterland e sua mulher Susan e hoje faz parte do grupo Kahala Brands. O modelo premium tem no máximo 14% de gordura. Rua Gaivota, 1350, tel. (11) 5093-4487;
- Blu Gelateria: Alameda dos Arapanés, 925, tel. (11) 3205-3010.